A sociabilidade dentro dos condomínios foi muito afetada desde o início da pandemia do novo coronavírus, que impactou especialmente no caso das crianças – acostumadas a brincar com liberdade e segurança nas áreas de lazer, ou simplesmente no playground.
O famoso churrasco de domingo entre os vizinhos e amigos; as braçadas incansáveis na piscina, com relaxamento no deck; as brincadeiras no parque infantil e diversas outras atividades corriqueiras foram interrompidas desde o início do ano 2000, quando a pandemia do novo coronavírus exigiu que todos ficassem em casa, quarentenados.
Moradores em isolamento social devem permanecer dentro de suas unidades e não devem acessar as áreas comuns do condomínio. O objetivo do auto isolamento é evitar a transmissão da Covid-19 de indivíduos que possam estar contaminados com outros moradores do condomínio.
Apesar da vacinação estar sendo realizada em todo o país, ainda não é hora de relaxar nos protocolos de prevenção a Covid. Com um número crescente de casos e variantes, é fundamental permanecer com a atenção redobrada e se empenhar para evitar a disseminação do vírus.
O espírito de comunidade nunca foi tão importante nos condomínios como atualmente. Os residentes precisam utilizar os espaços comuns de forma consciente, sempre seguindo as medidas de segurança estabelecidas. Apenas dessa maneira será possível zelar pela saúde de todos os moradores, afastando as possibilidades de contágio pelo coronavírus.
Com a flexibilização do isolamento, muitas pessoas relaxaram nos cuidados com a higiene. É preciso atentar ao fato de que, mesmo com as vacinas em dia, somos agentes que podem espalhar o coronavírus por aí. E se tratando das áreas comuns do condomínio, é preciso que não haja relativização desses cuidados básicos.
Recomendações
As recomendações devem ser, essencialmente, seguidas, seja no condomínio ou fora dele. A máscara facial, por exemplo, é fundamental para se prevenir. Use-a logo que colocar os pés para fora do seu apartamento! Evite tocar os olhos, o nariz e a boca enquanto estiver fora do imóvel.
Higienizar as mãos, seja com lavagem tradicional ou álcool em gel (70%) é uma ação fundamental para não adquirir o vírus ou contaminar objetos e outras pessoas. Vale dizer que o distanciamento social ainda é palavra de ordem. Mantenha pelo menos 2 metros de distância das outras pessoas!
Siga à risca toda e qualquer norma estabelecida no seu condomínio. Lembre-se, não existe excesso de cuidado quando se trata do coronavírus. Com o objetivo de evitar a contaminação por superfície de contato, todas as maçanetas, corrimãos e botões devem ser higienizados com absoluta frequência no dia a dia.
Além disso, tome cuidado também com a questão do elevador. Se precisar subir ou descer, e encontrá-lo cheio, o melhor a fazer é esperar pela próxima “viagem”, ou optar pelo uso das escadas. Pode ser desconfortável fazer isso utilizando uma máscara de proteção, especialmente se você usa óculos. Contudo, este é um cuidado essencial – com a sua vida e com a das demais pessoas.
Jovens X Sociabilidade dentro dos condomínios
Com o país atualmente vivendo um dos piores momentos da crise sanitária, é raríssimo encontrar alguém que não esteja sentindo mais ansiedade ou estresse que o normal. O medo e as incertezas diante do futuro podem afetar muito a todos. Por que seria diferente com as crianças? Spoiler: não é.
Embora elas sejam menos vulneráveis ao novo coronavírus, tendo menos risco de adoecer gravemente caso sejam infectadas, as crianças podem ser muito afetadas pela pandemia em si.
De acordo com a UNICEF, um ano após a declaração de pandemia, todos os indicadores de infância regrediram. O isolamento social aumentou o número de crianças ansiosas e com explosões de hiperatividade.
O Instituto de Psiquiatria da USP, que realizou um estudo com cerca de 7 mil pais de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, apontou, com base nas respostas dos pais, que 27% delas têm apresentado sintomas de ansiedade e depressão em nível clínico, que precisam de avaliação e tratamento profissional.
As interações sociais são fundamentais para o desenvolvimento do caráter de um ser humano. Respeitar suas escolhas e necessidades deve ser sempre primordial ao administrar processos educacionais durante o crescimento. E é este o momento em que a pandemia tanto tem afetado os jovens, seja nos contatos sociais, estudos ou mesmo no convívio familiar.
Incentive seu filho, sobrinho, neto ou irmão a buscar atividades dentro de casa que lhe dê prazer, como assistir filmes e séries, ler bons livros e disputar jogos de tabuleiro em família.
Nos momentos em que as áreas de lazer do condomínio forem acessadas, é preciso que as crianças e adolescentes entendam muito bem, e aceitem, as medidas de proteção e prevenção contra o coronavírus. Esse alerta repetido, que pode ser encarado como algo “chato” por eles, pode salvar vidas.
Em conclusão
A pandemia não vai terminar se não fizermos nossa parte, que deve ser seguida em todas as instâncias de nossa vida. A rotina de cada pessoa precisa ser rigorosamente calculada, de modo que a prevenção contra o vírus seja seguida à risca.